10.9.07

Nós e os Outros



Este fim-de-semana, um dos programas jornalísticos de referência da TV Globo, o
Globo Repórter, dedicou a sua emissão a Portugal. Como ficámos sem GNT na TV Cabo deixou de ser possível acompanhar este magazine brasileiro, mas fica aqui o link, enviado por vários amigos meus, para quem quiser ter uma ideia do que se disse e do que se mostrou além-Atlântico.

4.9.07

Viver e aprender

E ainda há quem diga que não se aprende nada a ver televisão. Pois eu, viciado, me confesso. Numa noite ínsone, dei por mim a ver um daqueles programas comprados a metro da Oprah e então não é que fiquei a saber o seguinte: as grandes empresas norte-americanas deslocaram os seus call centers, por motivos óbvios de redução de custos, para a ... Índia! Isso mesmo, a Índia! Assim, sempre que querem mandar vir com a companhia de seguros ou reclamar com as taxas exorbitantes do seu cartão de crédito, os cidadãos norte-americanos fazem-no com operadores indianos, na sua maioria mulheres - o que, parece, está a provocar uma verdadeira revolução nos costumes locais, pois devido à diferença horária entre os dois países, essas mesmas operadoras são "forçadas" a trabalhar durante a madrugada e a deixar de lado um papel que lhes cabia tradicionalmente na hierarquia familiar. Não fosse isto, e uma piada sobre os mesmos call centers indianos ter-me-ia passado completamente ao lado num dos episódios do seriado O.C., que acompanho também sempre que o sono tarda a vir.
Agora digam lá se não há vida inteligente às tantas da manhã num serão televisivo?!

3.9.07

Happy Days

(foto de JMS, direitos reservados)

Acabou o Verão. quero dizer, não acabou, mas para mim, de certa forma, é como se tivesse terminado. Longe vão já os tempos em que, na minha infância, esta estação era por mim vivida, indiferente ao calendário, de Maio a Outubro. Hoje, nostalgia à parte, acho que, a bem da verdade, já não preciso de tanto. Basta-me que, aqui e acolá, possa, de quando em vez, ter um lampejo estival e dou-me por contente.
Arrumo, por isso, a lembrança dos passeios de bicicleta à hora em que o sol se despede dos campos, das tardes de preguiça à sombra da acácia negra, da estrada perfumada pelo doce dos figos maduros, dos pés dentro de água, do braço estendido na relva húmida, do cantar estridente das cigarras, do piar das rolas espantadas, das dálias que teimaram em não inundar de cor os meus canteiros, do sobreiro imponente, das oliveiras desamparadas, do ronronar do mar, das dunas cada vez mais esboroadas do Meco, do choco frito, do pão de Deus fresco ao lanche, dos livros deixados a meio...
Arrumo tudo isto num lugar seguro, mas à mão. Para que, a qualquer momento, possa voltar a estes dias simples, mas felizes.