15.5.07

A vida não pára

PACIÊNCIA
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára (a vida não pára não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára (a vida não pára não)


Esta música, cantada por João Pedro Pais e Mafalda Veiga (que recuperam assim uma letra fantástica de Lenine e Dudu Falcão), ficou-me no ouvido. A vida não pára. É raro o dia em que não sinta a vida a passar muito rápido, mas em vez de me afligir por estar a ficar mais velho, deveria antes afligir-me por a vida estar a passar sem eu dar importância e sem abrir espaço a coisas fundamentais. A vida é tão rara. Eu sei, mas, às vezes, esqueço-me.

4 comentários:

marta r disse...

Acho que andamos todos um bocado esquecidos disso. De que a vida não pára nem volta atrás.

(Não conhecia esta letra. É bonita)

Suzi disse...

Ai, Miguelito, que eu ADORO ESSA MÚSICA! ADORO, ADORO, A-DO-RO!!!!!!

Volta e meia ela ecoa nos meus ouvidos e eu lanço lá no meu blog...
(Só conheço a versão com o próprio Lenine.)

Você me inspirou, esta manhã!
Gratíssima!!
;o)

Custódia C. disse...

Também gosto muito desta versão da Mafalda e do João.
Pois é .. a vida não pára :)

Suzi disse...

Ainda pensando em quão rara é a vida, Miguelito?
Hoje, depois de ontem, ainda acredito mais nisso.
Um beijo.