7.2.07

De malas aviadas


A imagem engana. Não só esta não é a minha mala como nem sequer tenho a bagagem pronta. Como sempre, vou deixar para a última da hora. Enfim, não posso dizer que me tornei um perito a fazer e a desfazer malas, mas, em tantos anos de métier, aprendi uma coisa ou duas que, não servindo para mais ninguém como exemplo, me dão muito jeito. A maioria dos homens, parece, não gosta de fazer a mala. Pois para mim, não sendo um prazer, também não é uma dor de cabeça.
A última vez que estive em São Paulo, de raspão, quase um capricho para matar umas horas mortas entre um voo e outro (mas fiz questão de ir comer ao Arábia, um libanês maravilhoso que é tido como o melhor do género na cidade), foi em 2002. Estou curioso. Curioso para rever os amigos. Curioso para ver quem tem a melhor noite, a célebre "balada" paulistana, se a Vila Madalena, a Vila Olímpia ou Pinheiros. Curioso para sentir de novo o gosto do pastel mais famoso da cidade, vendido na barraca do Zé Japonês na feira de Pacaembu (será que é desta que me arrisco no caldo de cana, será?...). Curioso para mergulhar finalmente no Museu de Língua Portuguesa. Curioso para ver se é desta que vejo a Fernandinha Torres em
A Casa dos Budas Ditosos e, por tabela, consigo também ir ver o Paulo Autran em O Avarento. Curioso para ver quem é melhor de cama, se o Fasano, se o Emiliano. Curioso para nadar na piscina design, encarnada flamejante, do Hotel Unique. Curioso para conhecer o chefe Alex Atala, um dos melhores chefes do mundo, e provar o tempero da jovem Ana Luiza Trajano, que está a conquistar admiradores com a sua versão do Brasil a Gosto. Curioso para ver se encontro ou não a Cicarelli a ter um chilique na Daslu. Curioso para ver se o câmbio joga a meu favor na hora em que me perder de amores por uns ténis ou por uma camiseta de uma qualquer loja absurdamente cara da Oscar Freire. Curioso para ver com quantos livros e CD's regressarei desta vez.
Pode não parecer, mas é uma viagem de trabalho. Embarco amanhã bem cedo. Sempre que der, virei aqui contar como estão a ser os meus dias, e as minhas noites, na terra da garoa.

8 comentários:

Luís F disse...

Boa Viagem… admito uma certa inveja (saudável) pelo teu trabalho porque tem sempre (ou quase sempre, penso eu) uma componente de lazer… Cá esperamos novidades directamente do Brasil!!!

marta r disse...

Gosto particularmente da ideia de mergulhar na piscina "flamejante" do Unique...

Boa viagem, jovem. E vai passando por aqui, sff.

Custódia C. disse...

Boa Viagem Miguelito.
Espero que encontres respostas, para todas as perguntas que fazes no texto.
Cá ficamos à espera que nos contes as tuas aventuras, que nos acabam por fazer viajar também, ainda que em pensamento :)

Anónimo disse...

Miguelito querido,
enquanto os paulistas têm a "balada", no Rio se vai pra "night". (não preciso dizer que acho "balada" péssimo! rsrsrsrs)

Aposte no caldo de cana. E o ideal é tomá-lo mesmo com pastel. De hipoglicemia você não morre nem desmaia. É delicioso. Arrisque, desta vez, e vai querer levar em garrafinhas, para casa.

Aproveite tudo. Trabalhe bem, e divirta-se o quanto puder. Torne a viagem inesquecível. (mesmo sendo Sampa... hohohoho!!!)

Anónimo disse...

O meu coração é grande, Suzi. Cabem lá as duas, Rio e São Paulo. Rs
Bjos

Alexandra disse...

As melhores viagens são as em trabalho. Os pequenos momentos são muito melhor aproveitados!

Suzi disse...

e então? fez boa viagem? a chuva atrapalhou o pouso? tomara que não.
bj e boa estada.

Anónimo disse...

miguel! cadê vc? sobreviveu à baladona? desistiu da minha companhia? ainda quero te ver e quem sabe te acompanhar à peça da fernanda torres q, dizem, é ótima. me liga, plsss!!! beijocas