12.12.06

O Livro de Reclamações, por favor! (2)


Numa edição recente da revista Rotas & Destinos, li uma peça de serviço que me despertou a atenção. Sempre que posso, gosto de sugerir roteiros em conta, socorrendo-me, não raras vezes, de tarifas promocionais e das companhias
low cost para esse efeito. É um facto, Portugal está hoje menos periférico no que às viagens de avião diz respeito, mas será que podemos acreditar cegamente em tudo o que vemos anunciado? A fazer fé na conclusão a que chegou a Rotas & Destinos, é bom que confiram o preço real de um voo antes de embarcar. O que se passa é que as companhias aéreas têm por hábito, sobretudo agora que as low cost vieram baralhar as coisas e aumentar a concorrência, publicitar tarifas a partir de um preço de base ― os famosos “a partir de” ou “desde” ―, mas “esquecem-se” de tornar bem visível que a esse custo inicial são acrescidas posteriormente taxas que podem aumentar o preço final por vezes em mais 50 ou 60% do que o anunciado. A revista dá vários exemplos, como seja um voo da TAP para Barcelona anunciado a €104, mas que depois de somadas as taxas ficou em €184,47, ou ainda da Virgin Express, que sugeria um voo para Bruxelas a €112, mas que na realidade passou a €182 por causa das taxas aplicadas. Na próxima vez já sabem, os bons negócios existem, mas não acreditem na primeira pechincha que vos aparecer à frente sem antes fazer as devidas contas de somar.

2 comentários:

Zorze Zorzinelis disse...

Acho inacreditável - este ano, por exemplo, fui a Malta (título pessoal e por pacote) e fiquei surpreendido pelo preço reduzido da estada; todavia, não queiras imaginar a quantidade de taxas que tive de pagar - acabou por ficar por um preço bonito, acabou!

Anónimo disse...

Pois é, Zorze, parece que toca a todos e não custa nada ficar atento. As taxas, e sobretaxas, são um total exagero... Aliás, já me dei ao trabalho de ler algumas num bilhete emitido e muitas delas nem percebi a que se referiam.