30.11.06

Até tu, Jude!




O poder persuasor deste blog começa a ultrapassar-me. Então não é que acabo de ser informado, com a devida prova fotográfica (D.R.: fotos), que Jude Law seguiu o meu conselho, pegou num par de patins, nas crianças, e lá foram eles patinar no ringue de gelo da Somerset House (ver post anterior), em Londres. Aliás, constou mesmo que não quiseram perder tempo e foram logo na noite da abertura oficial. Sortudos.

Rio de Janeiro - Livro de Visitas


Uma vez que não deu certo a ideia do servidor, eu diria mesmo que se revelou um flop (prometo pensar em algo melhor da próxima vez que quiser colocar aqui uma reportagem), fica aberto neste post o livro de visitas para todos aqueles que, entretanto, tiverem a gentileza de ler/ver a reportagem sobre o Rio de Janeiro. Quem não quiser, ou não puder (sobretudo os meus amigos do outro lado do Atlântico), comprar a edição de Dezembro da Volta ao Mundo, podem deixar o vosso email para envio de um PDF (1,80MB, Adobe Reader) da dita cuja. Deixem aqui os vossos comentários sobre o que acharam. As imagens são de Paulo Sousa Coelho.

29.11.06

O Livro de Reclamações, por favor! (1)


Depois de olhar para a conclusão do mais recente relatório da Associação das Companhias Aéreas da Europa (AEA), só há uma coisa a dizer: meus amigos, se têm amor às vossas malas, mais vale fazerem como a Kate Moss e arranjar um modelito que possa ser transportado como bagagem de mão. Isto, claro está, se estão a pensar viajar na TAP nos tempos mais próximos. Devo dizer que, pessoalmente, não tenho razão de queixa desta companhia, mas, há já algum tempo, que vinha a escutar várias queixas de muitas pessoas descontentes e o relatório tirou as teimas: aponta-a como a segunda que perde mais bagagens ― pior do que a transportadora portuguesa só mesmo a British Airways. Mas há mais e pior. Em matéria de pontualidade, com especial destaque para as partidas, a TAP conseguiu o primeiro lugar no pódio como a menos pontual. Enfim, por experiência própria, só posso acrescentar que, entre o atraso e o extravio da bagagem, eu sempre vou preferindo a primeira opção, pois já fiquei um dia e meio sem bagagem em Helsínquia, praticamente só com a roupinha do corpo ― com temperaturas exteriores na ordem dos 15ºC negativos ―, e não foi nada agradável. Nada mesmo. Já para não falar que, em caso de perda, e porque raros são os passageiros que declaram o valor da bagagem a priori, a indemnização paga, por quilo, fica sempre muito aquém do valor real. Como diz o outro... mais vale prevenir, do que remediar.

Roteiro Low Cost (1): Londres


Escrevi este roteiro low cost de Londres para a edição de Novembro da “Volta ao Mundo”, mas achei que teria interesse partilhá-lo aqui. Enjoy it!
Avião Para o mês de Novembro, as melhores propostas que encontrei no mercado português são as da EasyJet, com ida e volta a € 49,42, e da Fly Monarch
, com ida e volta a € 50. Convém confirmar os preços antes de reservar.
Hotel O Hoxton abriu as suas portas em Setembro e causou, desde logo, uma agitação tremenda ao estabelecer um preço inaugural de pouco mais de €1,50 (não é engano!) por noite. É claro que esgotou tudo num instante, mas o Hoxton, que para mais se apresenta como um hotel com design moderno e conforto digno de um quatro estrelas, pratica agora os seguintes preços por noite: €90 de sexta a domingo, e €180 de segunda a quinta. Com um total de 205 quartos, o Hoxton é uma criação Sinclair Beecham, o homem que já havia revolucionado as casas de sanduíches em Londres com a sua cadeia Prêt à Manger.
Restaurantes Se quiserem fazer uma refeição que não vá além dos €15/€20 por pessoa não se acanhem em procurar uma das muitas casas da cadeia Pizza Express, um sucesso absoluto, do Rouge Café (num deles chegou a ser filmada uma cena de “Quatro Casamentos e um Funeral”) ou da Wagamama, bares de noodles japoneses. E mesmo em matéria de hambúrgueres, Londres dispõe hoje de cadeias que o fazem com estilo, molhos variados e acompanhamentos saudáveis.
Compras O famoso designer Paul Smith possui uma loja onde vende restos de estoques a metade do preço (Paul Smith Sale Shop, 23 Avery Row W1), e na Conran 2 (350 King’s Rd. SW3) vendem-se artigos do guru do design britânico a preços de saldo. Atenção ainda à cadeia japonesa Muji
, com várias lojas na cidade, que não tem rival na hora de apresentar uma série de artigos de marca branca, mas com muito estilo e preços acessíveis. Aliás, a Muji é uma das muitas lojas de custo reduzido que estão a dar nova vida à High Street, onde ficam também o Ikea e a Zara Home.
Atracções Londres possui alguns dos melhores museus do mundo, com acervos impressionantes, e o melhor de tudo é que a grande maioria deles é de graça ― quando muito terão apenas de pagar se quiserem ver alguma das suas exposições temporárias. Entre eles, merecem destaque todos os que tiveram a habilidade, e a possibilidade, de se reinventarem, como é o caso da Tate Modern e da Tate Britain, do Victoria & Albert Museum, do British Museum, ou até mesmo da Somerset House, um dos mais belos edifícios históricos do Strand.

28.11.06

Sara e a Maçã


“O Sexo e a Cidade” veio para ficar, a julgar pelas várias reposições que continuam a encher os nossos ecrãs. Talvez por isso, Sarah Jessica Parker, a eterna Carrie Bradshaw, revele alguma dificuldade em descolar-se da personagem ― a questão é: será que ela quer? Seja como for, no que interessa ao caso, esta série contribuiu também para relançar Nova Iorque como destino, e à conta dela não faltaram tours temáticos para levar os fãs aos mesmos locais que serviram de cenário durante as várias temporadas. Vai daí, um destes dias, a Sarah Jessica Parker esteve na "Oprah" e não se fez rogada a partilhar com espectadores do mundo inteiro os seus sítios de eleição na “Grande Maçã”. E que sítios são esses? Pois bem, a rapariga pode não resistir a um vestido de princesa de Oscar de la Renta, nunca achar que tem pares a mais de sapatos Manolo Blahnik, ou não se contentar com menos do que os portáteis topo de gama da iMac, mas, justiça lhe seja feita, nunca se acanhou a entrar num McDonald’s ou num chinês gorduroso ― o que dá renovada esperança a nós, homens e comuns mortais, que não temos a conta polpuda do Mr. Big. Na vida real, a sra. Parker ― que até tem um marido, o também actor Matthew Broderick, que lhe organiza festas surpresa de gala no exclusivo Plaza Hotel ― não resiste aos queques, hambúrgueres, ovos, torradas e outras coisas boas para o colesterol da PrimeBurger, adora remexer nas fancarias do bazar oriental Pearl River (Canal St., na Chinatown), e tece rasgados elogios à comida excelente e em conta do chinês Shanghai Garden (14 Elizabeth St, entre Bayard & Canal St.). Como roteiro cultural, a actriz prova que tem bom gosto ao sugerir o MoMa (Museum of Modern Art), idealizado pelo arquitecto Yoshio Taniguchi, e onde não faltam cafés e jardins para intervalar com a sua espantosa colecção de arte moderna.

Ponham uns patins em Londres!


Okay. Bem sei que Londres é um destino imbatível para compras de Natal, mas se forem dos sortudos que planeiam, em breve, uma viagem à capital de Sua Majestade, não deixem de passar pela Somerset House. Vão por mim. O mês de Dezembro tem uma magia muito particular em Londres, em grande parte devido às iluminações das ruas e edifícios, das faustosas montras dos grande armazéns ou ainda de tradições como o pinheiro nórdico na Trafalgar Square, mas, convenhamos, tudo isso já não constitui novidade. Bem mais recente, e estimulante, é a iniciativa da polivalente Somerset House que, desde dia 22 de Novembro e até 28 de Janeiro de 2007, converteu o seu pátio principal num enorme ringue de patinagem no gelo. Durante o dia, o ambiente é mais calmo e pode-se receber lições, mas à noite há música, tochas e toda a arquitectura do espaço é iluminada. Há ainda um Skate! bar e café para fazer uma pausa ou ficar apenas a ver quem passa na pista. Fora isso, vale a pena acrescentar que a Somerset House, por si só, é um dos mais belos edifícios históricos do Strand, funcionando como fiel depositária de duas valiosas colecções, e o seu pátio central já se tornou um ponto de encontro aberto a toda a gente. Com ou sem ringue.

27.11.06

Férias romanas


Confesso. Estou entre os que gostam de assistir a velhos clássicos como “A Princesa e o Plebeu” ― bem mais feliz o título original: “Férias Romanas” ―, que me permite viajar, através das peripécias de Audrey Hepburn e Gregory Peck, pela velha Roma. E porque Roma é uma das minhas cidades favoritas (não devo ser o único!), achei piada a uma das propostas que me acabou de chegar e que aqui partilho. Reno Maurício, especialista de safaris em África que resolveu alargar o seu leque de destinos na Across, concebeu um pacote de Fim de Ano em Roma. A quem interessar, são 4 dias e 3 noites, com saída, a 30 de Dezembro, em voo especial da Alitalia (partida às 09h30, chegada às 13h25), e regresso a 2 de Janeiro (partida às 20h45, chegada às 22h30). Preço por pessoa, em quarto duplo com pequeno-almoço, voos e transferes a partir de €399 (Hotel Fleming, 3* sup.) e de €499 (Hotel Cadeia Seb Rael, 4*). Só conheço o Reno das reportagens realizadas, em tempos, na Tanzânia e nas Seychelles, mas acredito que ele se empenhe a sério para tudo correr pelo melhor. Para reservas e mais informações: Across Luxury Travel & Safaris, Rua Artilharia Um, 79 - 3º, 1250-038 Lisboa, tel.: (351) 213 845 106, e-mail: travel@across.com.pt

O amor está no ar


Quem já foi a Paris e não é de todo insensível aos lugares da moda, dificilmente não “tropeçou”, uma vez por outra, num dos endereços da família Costes, cujo império inclui hotéis, restaurantes, clubes, cafés e brasseries. Em Maio de 2006 foi a vez de Thierry Costes ― o filho mais velho de Gilbert Costes, um dos sócios do badalado Hotel Costes ― provar que, aos 30 anos, já está a dar cartas. O Hôtel Amour, assim se chama o seu projecto em conjunto com três amigos, aparece como um misto de hotel de charme, pensão familiar e residência de artistas. Apostado em conquistar uma clientela abaixo dos 30 ― que quer pagar menos sem abdicar de um certo estilo, mas não se importa muito de subir as escadas com as malas ou com o ruído da rua ―, o Amour não deve o seu nome ao acaso. Localizado no nono bairro de Paris, a dois passos da emergente rue des Martyrs, o edifício foi em tempos um bordel famoso em Paris por as suas “meninas” se apresentarem vestidas de freiras… Thierry Costes queria fazer “algo experimental” e parece que está a conseguir chamar à atenção. Com apenas 20 quartos (são todos diferentes e cinco deles foram mesmo entregues à imaginação de artistas convidados), um bar e um bristot aberto para um pátio à francesa (na foto), o décor recupera móveis, tapetes e tecidos vintage, com a particularidade de as camas virem do mesmo fornecedor do Ritz de Paris. É o que se chama reinventar o estilo as preços decentes (a partir de €75).

Água na boca


Ainda sobre os doces do filme “Marie-Antoinette”, de que falei no post anterior, não resisto a acrescentar mais algumas dicas para quem quiser ― e puder, é claro, pois bem sei que ir à Ladurée, em Paris ou em Londres, não é bem como ir ali ao café da esquina ― regalar-se com algumas das coisas que a famosa Ladurée idealizou a pensar na Maria Antonieta. Aliás, é justo dizer que a homenagem não surgiu por acaso, pois, tal como se vê no filme, a rainha “pelava-se” pelos macarons da Ladurée ― para quem não sabe, são umas bolachinhas que se desfazem na boca e que assumem as cores dos seus recheios, que podem vir em sabores tão variados como pistache, chocolate, baunilha ou pétalas de rosa. E se para o filme de Sofia Coppola, a pastelaria prestou a sua preciosa consultadoria durante largos meses, no final saiu-se também com uma refinada colecção, à venda nas suas casas de Paris e no armazém Harrods, em Londres, desde Junho de 2006. A saber: um camafeu em chocolate cor-de-rosa; uma caixa de macarons; um coche da rainha em chocolate-marfim; um chá Marie-Antoinette; ou ainda uma vela com aroma de violeta. Aviso de navegação: nada disto, como sempre acontece na Ladurée, é barato, mas dias não são dias.

26.11.06

No rasto de Marie-Antoinette


O mais recente filme de Sofia Coppola, dedicado à figura de Maria Antonieta, já abriu caminho a uma “peregrinação” pelos lugares das filmagens em Paris. Depois de “O amor é um lugar estranho”, o filme que fez meio mundo ver Tóquio com outros olhos e sentir vontade de se instalar no hotel Park Hyatt, Sofia Coppola conseguiu novo feito com a sua “Marie-Antoinette”: tornar Versalhes numa atracção ainda maior, pois conta agora com todo um roteiro dedicado aos espaços construídos para melhor servir a menina que ali chegou vinda da Áustria, em 1770, com apenas 15 anos para desposar o futuro Luís XVI. Fechados durante anos, os Domínios de Maria Antonieta podem ser visitados na sua totalidade, incluindo o Petit Trianon, para onde se mudou com a prole por não gostar da formalidade do palácio; o Teatro da Rainha, construído para lhe recordar a sua Ópera de Viena; o Hameau de la Reine, uma espécie de granja; o Jardim Inglês, que abriga uma gruta, um belvedere e até um Templo do Amor; o Grand Canal, onde se pode passear de barco como no filme (fechado de Dezembro a Fevereiro); ou ainda o Quarto da Rainha, que suscita menos curiosidade por ter estado sempre aberto a visitas no palácio principal. À parte disso, a mais famosa pastelaria de Paris, a Ladurée, foi a escolhida para fabricar os doces de arregalar o olho do filme, pelo que aproveitou o facto para lançar nas suas três casas parisienses (a mais conhecida no nº75 dos Campos Elísios) e no armazém londrino Harrods uma linha de guloseimas inspiradas na figura real. Mais há mais: Versalhes lançou dois perfumes, em edição muito limitada, dedicados a Maria Antonieta, e a Lalique criou, em exclusivo, um pingente inspirado nuns brincos da rainha, que pode ser adquirido nas lojas dos museus de França pela quantia de 95 euros. A moda está lançada. (Esta nota pode ser também vista na edição de Dezembro de 2006 da revista Volta ao Mundo)